Despertei às 4:20 da matinha logo ao receber o quinto golpe de karatê do mais novo que dormia a sono solto ao meu lado. Nem precisei do alarme, obrigado filho.
Ansiedade e tensão rumo à nova jornada que me espera. Escovar os dentes, lavar o rosto, checar as mensagens do alto do trono, desodorante, perfume, desamassar o cabelo, olhar detidamente para os pelos das narinas, ainda curtos, pupilas acesas, branco dos olhos ainda sem veias vermelhas, pouquíssimas rugas.
A máquina de café rompe o silêncio da madrugada. Ainda bem que me lembrei de fechar as portas dos quartos preservando o sono da família. O espresso desce macio, mas não reanima. Água é boa e necessária. Roupa trocada, mala de mão e mochila na porta faltando apenas o carregador do celular.
Ponho os pertences no bolso, a saber: chave de casa, chave do carro, chicletes de morango, controle do portao, celular e por último, a carteira no de trás. Botas calçadas, jaqueta vestida, cachecol, gorro e batom pra proteger os lábios do frio e saio no breu absoluto. Encho a garrafinha com água da torneira do jardim e caminho até o veículo sueco antigo e possante que me levará ao destino.
Neufeldersee é esse pequeno lago no meio da foto.
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